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Sección: Estados Unidos de América

Título: Sacco e Vanzetti, por Augusto Buonicore (en portugués)

Texto del artículo:

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22 DE AGOSTO DE 2007 - 18h48

Sacco e Vanzetti


por Augusto Buonicore*

H? 80 anos o mundo foi abalado pela execu??o de dois simples oper?rios. Seus nomes
eram Nicolau Sacco e Bartolomeu Vanzetti. V?timas do anticomunismo prim?rio que
varria a sociedade estadunidense na d?cada de 1920.





Os anos que se seguiram a 1? Grande Guerra Mundial foram bastante conturbados para
os norte-americanos. Haviam vencido a guerra, mas os soldados que voltavam do front
tinham dificuldades de arranjar empregos numa ind?stria que tentava se re-converter
para um tempo de paz. A infla??o cresceu e agravou-se o arrocho salarial. Esta
situa??o gerou descontentamentos, protestos e tamb?m criminalidade.
Em 1919 mais de 4 milh?es de trabalhadores entraram em greve e foi criado o Partido
Comunista nos Estados Unidos ? na verdade foram criados dois partidos comunistas: um
dirigido por Charles Rutenberg e outro por John Reed. Eles se unificariam apenas em
maio de 1921.




Setores do anarquismo partiram para a??es terroristas. Em abril, o prefeito de
Seatle afirmou ter recebido uma bomba pelo correio e outra explodiu quando aberta
pela empregada de um senador ? que havia sido presidente da comiss?o de emigra??o.
Segundo a pol?cia, trinta e duas bombas foram endere?adas a autoridades e grandes
empres?rios. Estranhamente nenhum deles se feriu.




Em maio de 1919 o l?der anarquista Luigi Galleani foi expulso dos Estados Unidos. Em
resposta a casa do procurador-geral dos Estados Unidos, Palmer, foi atingida por
bombas. A opini?o das classes m?dias se voltou contra os radicais estrangeiros.
Exigiam-se leis mais severas e expuls?es dos imigrantes suspeitos. O governo ordenou
uma ca?a aos ?vermelhos? no pa?s inteiro.




A persegui??o come?ou em 7 de novembro de 1919 ? segundo anivers?rio da Revolu??o
Russa. As sedes dos dois Partidos Comunistas, que nada tinham a ver com os
atentados, foram invadidas e depredadas. Milhares de pessoas foram presas e
processadas. Esse foi o prel?dio de uma persegui??o ainda maior.




No dia 2 janeiro de 1920 realizou-se batidas policiais em 33 cidades. Foram
expedidos mais de seis mil pedidos de pris?o e relacionadas os nomes de mais de 3
mil estrangeiros para deporta??o. Em Boston cerca de 500 imigrantes marcharam
acorrentados at? a casa de corre??o.




Tr?s meses depois, em 2 de maio, o corpo do l?der anarquista Andr? Salsedo caiu do
14? andar do pr?dio do Departamento de Justi?a em Nova York. As autoridades
afirmaram que ele havia se suicidado, mas houve quem duvidasse da vers?o oficial.
V?rios liberais que haviam ficado assustados com os atentados terroristas, n?o
concordaram com a repress?o massiva e indiscriminada contra os imigrantes. Dezenas
de advogados e jornalistas condenaram as pr?ticas autorit?rias e ilegais empregadas
pelo procurador-geral. Se a repress?o assustou os liberais, imagine o efeito
terr?vel que causou entre a popula??o de imigrantes pobres.




Tendo perdido parte do apoio dos oper?rios e das classes m?dias, os democratas foram
derrotados na elei??o presidencial em 1920. Iniciou-se ent?o uma Era Republicana,
que duraria at? 1933. O slogan do presidente eleito, Warren Harding, era ?Primeiro
os Estados Unidos!?. Uma onda nacionalista conservadora varreu o pa?s de ponta a
ponta.





O Caso Sacco e Vanzetti





A classe m?dia ? insuflada pela grande burguesia ? temia pela sua situa??o
privilegiada. Sentia-se amea?ada pela massa de imigrantes provinda da Europa. Eram
espanh?is, portugueses e, especialmente, italianos. Al?m de sua fisionomia e l?ngua
latinas, traziam estranhas id?ias que colocavam em risco a ordem e o modo de vida
norte-americana: o anarquismo e o socialismo.




No dia 15 de abril 1920 ocorreu um assalto a uma f?brica de cal?ados na cidade de
South Braintree, no Estado de Massachusets. Na ocasi?o o agente pagador e um
seguran?a da empresa acabaram sendo mortos. Tudo indicava que este era mais um crime
realizado por uma das muitas quadrilhas que infernizavam a vida de fabricantes e
comerciantes. A ?boa sociedade? impaciente e amedrontada com a escalada de viol?ncia
exigia uma r?pida solu??o para o caso.




Algumas semanas depois, em 5 de maio, dois homens foram presos pr?ximos de Boston.
Para sua desgra?a estavam armados, coisa comum para a maioria dos norte-americanos.
No entanto, havia tr?s outros fatos graves que pesavam contra eles: eram oper?rios,
estrangeiros e anarquistas. O estere?tipo de tudo aquilo que n?o deveria ser um
cidad?o estadunidense modelo. Seus nomes eram Nicolau Sacco e Bartolomeu Vanzetti.




Quando os prenderam os policiais perguntaram se eram socialistas, anarquistas ou
sindicalistas. Isso refor?ou neles a desconfian?a de que se tratava de simples
persegui??o pol?tica. N?o imaginaram que pudessem ser envolvidos numa conspira??o
visando imputar-lhes um duplo homic?dio. Assim, negaram sua milit?ncia e procuraram
n?o envolver os demais camaradas.




Imediatamente se montou um processo-farsa visando incrimin?-los e conduzi-los ?
cadeira el?trica. Os inimigos da boa Am?rica precisavam receber uma li??o exemplar.
O preconceito de classe e de ra?a conduziu o j?ri a condenar ? morte dois homens sem
provas conclusivas.




O Promotor procurou apresent?-los como maus americanos, pois haviam se recusado a
lutar na Primeira Guerra Mundial e se refugiado no M?xico, como milhares de outras
pessoas. Diante de tais acusa??es Sacco respondeu indignado: ?durante treze anos,
trabalhando duro, n?o consegui juntar dinheiro no banco. N?o consegui que meu filho
fosse para um col?gio (...) Eu vi que os melhores homens (...) tinham sido presos e
morreram na pris?o e ningu?m os tirou de l?. Debs, um grande homem em seu pa?s, est?
preso por ser socialista. Queria que as classes trabalhadoras tivessem melhores
condi??es de vida, mais educa??o (...) mas puseram-no na pris?o. Por qu?? Porque a
classe capitalista ? contra isto; a classe capitalista n?o quer que nossos filhos
tenham educa??o superior ou que entrem em Havard (...) n?o querem que os
trabalhadores se eduquem; querem que os trabalhadores fiquem sempre por baixo?.




Sobre suas posi??es diante da guerra afirmou: ?N?s n?o queremos lutar com fuzis, n?s
n?o queremos destruir os jovens. A m?e sofre para criar o filho (...) quando chega o
dia de obter uma recompensa daquele menino, os Rockefellers, os Morgans e outras
pessoas da classe alta os mandam para a guerra (...) N?o ? uma guerra para a
civiliza??o dos homens. S?o guerras para neg?cios. Ganham-se milh?es de d?lares
nestas guerras. Que direitos temos de nos matar uns aos outros? Trabalhei com
irlandeses, com alem?es, com franceses. Amo-os tanto quanto poderia amar minha
mulher e o povo que me recebeu (...) por isso n?o acredito na guerra?.




Mais de 107 pessoas testemunharam que os acusados n?o estavam na cena do crime.
Entre elas estava um garoto que vendia peixes com Vanzetti e um funcion?rio da
embaixada italiana, a qual Sacco havia visitado no dia do crime. Tudo foi
desconsiderado. As testemunhas de acusa??o, sob forte press?o de opini?o p?blica
conservadora se contradiziam. Um especialista em bal?stica afirmou que a proj?til
que matou os funcion?rios poderia ser da arma de Vanzetti. Isso pareceu para os
linchadores uma prova definitiva contra os r?us.




No dia 14 de julho de 1921 Sacco e Vanzetti foram condenados ? morte. ?Est?o matando
um inocente. N?o se esque?am. Est?o matando dois homens inocentes?, gritou Vanzetti.
Sacco, por sua vez, escreveu uma carta para seu filho no qual afirmava: ?eles podem
crucificar os nossos corpos hoje, como est?o fazendo, mas n?o podem destruir nossas
id?ias que permanecer?o?.




O Comit? de Sindicatos de Roma enviou um apelo ao presidente solicitando que a pena
fosse comutada. A Internacional Comunista conclamou a constitui??o de uma frente
oper?ria ? com anarquistas, socialistas, comunistas e sindicalistas ? em defesa de
Sacco e Vanzetti.




Em outubro o Partido Comunista Franc?s organizou uma grande manifesta??o em frente
da embaixada dos Estados Unidos. Foram necess?rios 10 mil policiais e 18 mil
soldados para deter a multid?o. Manifesta??es ocorreram na It?lia, Su??a, Holanda,
Espanha, Portugal, Inglaterra. Na cidade do M?xico um grande ato p?blico contou com
a presen?a de comunistas e anarquistas. Ocorreram tamb?m manifesta??es no Chile,
Argentina, Panam? e Brasil.




Os anarquistas, por sua vez, continuavam amea?ar com suas bombas e justi?amentos.
Isso levou que o Comit? de Defesa de Sacco e Vanzetti lan?asse uma nota que dizia:
?Os planos sinistros e as amea?as atribu?das a pessoas presumivelmente ligadas ao
movimento Sacco e Vanzetti s?o de tal maneira nocivos aos esfor?os envidados para
salvar nossos companheiros da cadeira el?trica que s? podem ter tido origem entre os
nossos inimigos. Ou foram planejadas por pessoas desejosas em desmoralizar a causa
dos dois prisioneiros?.




Logo ap?s a decreta??o da senten?a de morte, o portugu?s Celestino Madeiros
confessou ter participado do assalto em South Braintree e apresentou uma vers?o
bastante razo?vel do ocorrido. Negou tamb?m o envolvimento de Sacco e Vanzetti no
crime. Um policial chegou a afirmar que na ?poca do latroc?nio havia s?rias
suspeitas em rela??o a uma quadrilha de assaltantes profissionais que atuava na
regi?o. Os Morelli, como era chamada, assaltava carretas de fretes. Uma das ?reas
onde atuava, e na qual tinha ?olheiros?, era justamente South Braintree.




Outro policial, o agente Fred Weyand, afirmou que ?era opini?o corrente entre os
agentes locais do Departamento de Justi?a, que tinham algum conhecimento do caso,
que o crime de South Braintree foi obra de um grupo de assaltantes profissionais?.
Diante das novas provas, a defesa pediu novo julgamento. Entretanto, o juiz n?o
considerou os novos fatos e rejeitou o pedido.




O processo foi t?o viciado que come?ou a comover n?o somente a esquerda
norte-americana e internacional, mas tamb?m amplos setores liberais. Intercederam
por eles Romain Rolland, Thomas Mann, Albert Einstein, Anatole France, Madame Curie
e Bernard Shaw. At? mesmo o vaticano pediu clem?ncia para os dois condenados. Os
editoriais dos principais jornais europeus, inclusive os mais conservadores,
lamentaram a senten?a e advogaram um novo julgamento.




Em junho de 1925 foi criado um ramo norte-americano do Socorro Vermelho. Esta
entidade, sob dire??o comunista, produziu in?meros materiais de propaganda e
organizou com?cios por todo o pa?s. Vanzetti, agradecido, escreveu a Cannon, ent?o
dirigente do Partido Comunista: ?O eco de sua campanha em nosso favor tocou-me muito
fundo. Repito e repetirei sempre que somente o povo, nossos camaradas, nossos
amigos, o proletariado revolucion?rio do mundo, ? que poder?o nos salvar do poder
maligno das hienas capitalistas e reacion?rias e vingar o nosso nome e o nosso
sangue perante a hist?ria?.




Em maio de 1926 a Suprema Corte de Massachusets indeferiu os pedidos de novo
julgamento. Em abril do ano seguinte ? depois de sete anos de pris?o ? a senten?a de
morte foi confirmada. Nova onda de atentados e protestos se espalhou pelo pa?s e
pelo mundo. Afirmou Vanzetti: ?n?o apenas n?o cometi um delito em toda a minha vida
(...) como combati toda a vida para eliminar os crimes que a lei oficial e a lei
moral condenam, como tamb?m o delito que a moral oficial admitem e santificam: a
explora??o do homem pelo homem?. E concluiu: ?estou t?o convencido que estou com a
raz?o e que se voc?s tivessem o poder de matar-me duas vezes e eu pudesse nascer
duas vezes, voltaria a viver para fazer exatamente o que fiz at? agora?.




Vanzetti fez um apelo de clem?ncia ao governador de Massachusetts, Tufts Fuller.
Crescia a press?o internacional. O pr?prio ditador italiano Mussolini escreveu uma
carta a Fuller: ?A agita??o dos elementos de esquerda pelo mundo afora aumenta de
intensidade, nestes ?ltimos dias, como se pode depreender dos atentados em Buenos
Aires contra a f?brica da Ford e a est?tua de Washington (...) Espero que S. Excia.
possa dar um exemplo ? humanidade. Este exemplo demonstrar? (...) a diferen?a entre
os m?todos bolcheviques e os da grande Rep?blica norte-americana, ao mesmo tempo em
que retirar? das m?os dos elementos subversivos um instrumento de agita??o?.




O grande ficcionista H. G. Wells provocava a justi?a norte-americana: ?N?o posso
compreender que pessoas de bom-senso (...) possam ter outra convic??o sen?o a de que
Sacco e Vanzetti s?o t?o inocentes dos assassinatos de South Baintree, pelo qual
foram condenados ? morte, quanto J?lio C?sar ou - para citar um nome mais pr?ximo do
assunto ? Karl Marx?.




Formaram-se piquetes na frente da sede do governo que eram dispersos pela pol?cia.
Em Nova York 100 mil trabalhadores fizeram greve de protesto. Para desembara?ar-se
do problema o governador nomeou uma comiss?o especial de advogados, liderada pelo
juiz Lowell, para estudar o caso e dar um parecer. Esta comiss?o, depois de alguns
dias, confirmou a justeza senten?a de morte. A suprema corte e o presidente dos
Estados Unidos recusaram o indulto.




Bombas explodiram em Nova York e Filad?lfia. Uma grande for?a policial, como h?
muito n?o se via, foi mobilizada nas grandes cidades norte-americanas. O Partido
Comunista dos EUA organizou uma grande manifesta??o contra a execu??o.




O adiamento da execu??o ainda que por alguns dias criou expectativas. O jornal
sovi?tico Pravda afirmou: ?A poderosa onda de protesto da Uni?o Sovi?tica,
juntando-se ? voz da classe oper?ria do mundo inteiro, for?ou a burguesia plutocrata
norte-americana a hesitar e transacionar?. O jornal do Partido Comunista Alem?o, por
sua vez, disse: ?Os milh?es de trabalhadores na frente avan?ada da batalha contra a
injusti?a social ganharam a primeira vit?ria. Sacco e Vanzetti est?o provisoriamente
salvos?.




Poucos dias depois eles voltaram ao corredor da morte da penitenci?ria de
Charleston. Foram executados na madrugada do dia 22 para 23 de agosto de 1927. O
primeiro a ser morto foi Celestino Madeiros, aquele que se dizia um dos culpados
pelo crime. Logo em seguida foi a vez de Nicolau Sacco enfrentar o carrasco. Ao
entrar no recinto da execu??o exclamou: ?Viva a Anarquia!?. Enquanto o corpo do seu
camarada era retirado, Bartolomeu Vanzetti ingressou na sala da morte. Suas ?ltimas
palavras foram: ?Sou um homem inocente. Agora desejo perdoar algumas pessoas pelo
que fizeram contra mim?. Em poucos segundos a trag?dia estava consumada. Dois
inocentes estavam mortos.




No dia seguinte o jornal comunista Humanit? exibia em letras garrafais a manchete
?Assassines!?. Uma grande indigna??o tomou conta dos oper?rios que depredaram lojas
e atacaram a pol?cia. Uma multid?o tentou erguer barricadas em frente da embaixada
norte-americana. Centenas de pessoas sa?ram feridas.




Na Alemanha foram realizados v?rios com?cios e se seguiram choques com a pol?cia.
No maior com?cio j? visto na Rep?blica de Weimar, o l?der comunista Ernest Thalmann
comparou a morte de Sacco e Vanzetti ao assassinato de Rosa de Luxemburgo e Karl
Liebkneck. Em Londres uma multid?o concentrou-se ? frente do Pal?cio de Buckingham e
cantou o hino socialista ?Bandeira Vermelha?. O Partido Trabalhista protestou. O
governo sovi?tico deu a uma rua de Moscou o nome dos dois m?rtires, mais tarde eles
virariam nomes de f?bricas e escolas. Ocorreram conflitos em Portugal e na Espanha.
Na Argentina foi decretada greve geral.




Entre os dias 22 e 23 de agosto ocorreram in?meras manifesta??es de protestos tamb?m
no Brasil. Deixemos a palavra com o historiador Cl?vis Moura: ?Na Lapa houve
conflitos s?rio entre trabalhadores e policiais (...) No Ipiranga esses conflitos se
repetiram: em Frente a F?brica Nami Jaffer um piquete convidava os colegas a
participarem da greve e do com?cio em solidariedade. A diretoria da empresa, no
entanto, chamou a pol?cia que efetuou v?rias pris?es. Entre os presos estavam tr?s
jovens oper?rias (...) Ma estamparia A Liberty, na rua Piratininga, a pol?cia agiu
com viol?ncia (...) As onze horas foram pedidos refor?os para as f?bricas Matarazzo,
na ?gua Branca, e Crespi, na Mooca.? Os grevistas se reuniram num grande com?cio na
Pra?a do Patriarca.




Greves ocorreram tamb?m no Rio de Janeiro. A Uni?o dos Oper?rios em F?bricas de
Tecidos lan?ou manifesto que afirmava: ?? hoje o dia designado pela justi?a
norte-americana para o assass?nio de nossos companheiros Sacco e Vanzetti (...) ?
necess?rio que os oper?rios em f?brica de tecidos n?o trabalhem hoje, dia 23 de
agosto de 1927, como um protesto ? eletrocu??o de Sacco e Vanzetti (...) Que nenhum
oper?rio trabalhe hoje em sinal de protesto pelo assass?nio de dois inocentes,
v?timas do capitalismo?. Al?m dos trabalhadores das ind?strias de tecidos
paralisaram os trabalhadores das ind?strias de mobili?rios. Houve uma greve geral e
grande com?cio em Petr?polis. Ocorreram manifesta??es oper?rias, organizadas por
anarquistas e comunistas, em v?rios estados brasileiros.




Ao vel?rio dos dois m?rtires compareceram mais de cem mil pessoas, a maioria delas
era de oper?rios. Milhares de coroas de flores chegaram de todas as partes. O chefe
da pol?cia proibiu que os caix?es fossem carregados pelo povo, que o cortejo fosse
acompanhado por uma banda de m?sica e que passasse perto do pal?cio do governo. Os
cartazes e qualquer manifesta??o pol?tica de protesto foram proibidos durante o
f?retro. Os participantes deveriam permanecer em sil?ncio.




Cerca de duzentas mil pessoas participaram do cortejo que seria denominado a ?Marcha
da Tristeza?. Em certos momentos do trajeto, bandos policiais atacaram a massa que
trazia bra?adeiras vermelhas com a inscri??o ?Recordem a justi?a crucificada?.
Somente 50 anos depois do assassinato de Sacco e Vanzetti, o governador de
Massachusets, Michael Dukakis, reconheceu os erros do processo e retirou o estigma
que pesava sobre os dois oper?rios anarquistas.




Antes de morrer Nicolau Sacco deixou uma ?ltima mensagem para o seu filho Dante:
?lembre-se sempre dos dias de alegria e n?o use tudo apenas para voc?, des?a um
degrau e ajude sempre os mais fracos que gritam por ajuda, ajude as v?timas e os
perseguidos, porque estes ser?o os seus melhores amigos?. De fato, seriam os mais
fracos e as v?timas das persegui??es pol?ticas impostas pelo capitalismo que, por
d?cadas a fio, manteriam as lembran?as dos que tombaram pela causa da emancipa??o
humana e os sonhos que um dia sonharam.





Bibliografia:





Moura, Cl?vis ? Sacco e Vanzetti: O protesto brasileiro, Brasil Debates, SP, 1979
Russell, Francis ? A trag?dia de Sacco e Vanzetti , Civiliza??o Brasileira, RJ, 1966





Filmografia

Sacco e Vanzetti ? filme de Giulliano Montaldo ? It?lia ? 1971






Youtube

Homenaje a Sacco y Vanzetti:
http://br.youtube.com/watch?v=DrxqJyL9fG4

Sacco e Vanzetti ? 1971 ? Trailer do filme de Giulliano Montaldo:
http://br.youtube.com/watch?v=hLmqCk0BUfo&mode=related&search=

Ou?am a bela m?sica composta por Enio Moriconi e Joan Baez em homenagem ? Sacco e
Vanzetti.
http://br.youtube.com/watch?v=ENnHeMjTRzo&mode=related&search=










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*Augusto Buonicore, Historiador, mestre em ci?ncia pol?tica pela Unicamp

Artículo de www.profesionalespcm.org insertado por: El administrador web - Fecha: 23/08/2007 - Modificar

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